segunda-feira, 15 de março de 2010

Fórmula 1 2010 - GP do BahreinFórmula 1 2010 - GP do Bahrein

Finalmente começou a temporada 2010 da Fórmula 1, mais do que tudo, finalmente conseguimos enxergar quem é quem no campeonato. É lógico que apenas uma corrida, em um circuito em grande parte renovado, em um deserto que faz a pista virar quase uma praia e os carros e pilotos quase derreterem, alguns equívocos podem ocorrer, mas ao menos algumas incertezas vão desaparecendo.

Primeiramente, as favoritas se delimitaram melhor. Se antes havia alguma dúvida sobre a potência do motor Cosworth na Willians, e alguma expectativa na Sauber de De La Rosa, o que se viu é que provavelmente elas não chegaram com força suficiente para disputar o título. Nas primeiras posições, a Ferrari e a Red Bull aparentaram estar razoavelmente a frente das outras, apesar do fraco desempenho de Mark Webber em relação ao companheiro Sebastian Vettel, e aos problemas mecânicos que fizeram a Ferrari trocar o motor de ambos os carros.

Para quem esperava uma volta arrasadora de Michael Schumacher terá que esperar pelo menos até a Austrália. Ficou evidente que nem ele, nem Nico Rosberg conseguiram ter o desempenho que se, sendo que o hepta-campeão ficou meio escondido (e pressionado) na sexta posição durante quase toda a corrida, e principalmente, atrás de Nico. Resta saber se isso será uma constante ou se o seu desempenho voltará a se aproximar dos áureos tempos de Ferrari para poder beliscar o octa.

A Mclaren por sua vez deixou exposta a que deve ser a maior diferença entre dois pilotos de uma mesma equipe. Jenson Button poderá sofrer muito ao longo da temporada se começarem a perceber que ele não tem todo o talento que lhe atribuíram depois da conquista do título mundial. Todo o seu final de semana foi apagado e nem mesmo próximo de Lewis Hamilton conseguiu ficar, sendo que quase ficou fora da última parte do treino.

Mais ao fundo do grid, destaque para o desempenho da Force India, que colocou um dos seus carros na zona de pontuação (Vitantonio Liuzzi) e levou o outro para o Q3 (Adrian Sutil). Já é um ótimo resultado para uma equipe que costumava fechar o grid, e mostra que um dia a escuderia poderá ser grande.

E por fim as estreantes. Ao contrário do que reclamou durante a semana o Massa, nem HRT, nem Virgin, ou mesmo Lotus chegaram a representar um risco na pista. A primeira, largando dos boxes, logo de cara deixou a pé o indiano Chandhock. Bruno Senna ainda durou um pouco mais, mas acabou sucumbindo logo após o primeiro pit stop. A Virgin também vinha razoavelmente bem, inclusive com Luca Di Grassi ganhando quatro posições na largada devido as rodadas de Sutil e Kubica. Entretanto, a falta de resistência já anunciada pelo brasileiro deu as caras e a equipe também abandonou mais cedo. Restou apenas a Lotus, que incrivelmente terminou com os dois carros, sem aparentemente nenhum problema mecânico, e não tão atrás como previam (APENAS 3 voltas atrás do líder) e ainda tentando brigar por posições com a Willians de Huckemberg.

A outra novidade, o fim do reabastecimento mostrou que não vai mudar tanto assim a competitividade dos carros, pelo menos não enquanto não se começar a arriscar mais. Era visível, principalmente entre os primeiros colocados, um certo receio na tentativa de ataques mais duros. Pode ser que o tiro da FIA saia pela culatra e tenhamos ainda menos ultrapassagens. A não ser que aconteçam algumas trapalhadas nas trocas de pneus, como a que tirou o russo Vitaly Petrov da prova.

O que parece que se moldará para essa temporada será, Ferrari, Mclaren, Mercedes e Red Bull brigando pelo título, Renault, Willians e Force India no meio do pilotão e Sauber com a Toro Rosso no fim do “grid A”. As estreantes devem até o meio da temporada diminuir para cerca de dois segundos e meio a três segundos do líder, o que ainda tornará bastante difícil uma simples classificação para a segunda parte do treino.

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