domingo, 7 de fevereiro de 2010

Nem um nem outro

Há pouco mais de um mês para o início da temporada, a Fórmula 1 se vê cercada de incertezas, não por causa do fim dos reabastecimentos, ou do desempenho deste e daquele piloto ou equipe, mas sim sobre o futuro da categoria em si, que se mostrou escancaradamente incerto através da dificuldade de alguns times novatos entrarem no circo.

Todos devem se lembrar do furdunço que houve ano passado devido a exigência de cortes de gastos na categoria a partir dessa temporada para possibilitar a viabilidade financeira da competição e entrada de equipes ditas "garrageiras". Na época as montadoras ligadas a Fórmula 1, liderada pela Ferrari, ameaçaram criar um campeonato paralelo que quase se tornou real, levando consigo quase todo o grid. O medo foi tal que Bernie Ecclestone chegou a registrar como suas algumas marcas que podiam nomear a nova disputa. Por outro lado, Max Mosley então presidente da FIA declarava que as montadoras podiam ir, e abria um edital de seleção para interessadas em entrar.

Depois de muitas negociações, o racha não ocorreu, mas o ódio de Mosley pelas montadoras acabou se revelando correto ainda aquele ano, com o anuncio da retirada da BMW e da Toyota, além da quase saída da Renault, balançada pelo caso da trapaça em Cingapura.

Com a promessa da redução de custos em um futuro incerto e a abertura de vagas, várias interessadas apareceram. No final foram selecionadas quatro, a Lotus (que nada tem haver com a antiga equipe), a Manor (que acabou vendida e passou a se chamar Virgin) a USF1 e a Campos. O que parecia uma maravilha ao olhos do público, o grid cheio, se mostrou depois uma decepção e um contraponto a idéia de Mosley. As equipes independentes ao que tudo indica não vão conseguir nem mesmo estrear e são um cúmulo do amadorismo que de longe é o antônimo da F1.

Junte-se a isso os casos de espionagem e manipulação, circuitos chatos, regras malucas que mudam todos os dias e a diminuição do carater esportivo da competição acabam por minar o interesse do público, que esse ano talvez só se salve por conta do grid cheio de campeões mundiais e pelo retorno de Michael Schumacher. Um dos que primeiro manifestou o seu total desinteresse na categoria foi o Kimi Raikkonen, que foi para o rali e diz a todos que está muito bem lá (parecendo com o que fez Montoya anos atrás).

Qual a solução pra isso tudo. Ninguém sabe ao certo. Pelo menos, não é partindo para nenhum extremo do pensamento dos chefes da fórmula 1

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